quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Agora já é

Está valendo! Terminado o período do esquema de autodepreciação corporal e mental regado a música ruim e muito THC, vamos ao que interessa. Depois de uma semana já passada do início do ano as coisas parecem voltar ao normal. Trabalhar, planejar os estudos, meter a cara em coisas novas e diferentes, ainda que estejamos em janeiro e o ano só comece, de fato, depois de março. Comecei bem o ano pelo visto, com um baita nariz-de-cera (chupa, David Coimbra) que não levará a lugar nenhum. Acredito que a explicação para isso esteja na relação vontade de escrever algo x disposição.

A verdade é que com 2008 muitas outras situações que me incomodavam desapareceram e outras ficaram um pouco mais de canto, quase pedindo para sumir também. Tive muitas decepções no ano passado, coisa de louco; quis mudar de curso, quis mudar de trabalho, tive vontade de sair para trabalhar e ir para a praia e nunca mais voltar. Mas dei jeito de segurar a onda e é isso que interessa. Ganhei uma sobrinha linda e esperta no mês de outubro, a Manuella. É a quarta sobrinha – tem ainda Kelvin, Caroline e Karen, estes filhos da minha irmã mais velha.Tudo bem, o momento David Coimbra acabou ali, no ponto final do segundo parágrafo. Estou escrevendo porque preciso e devo escrever mais, sem me preocupar muito – afinal, isto é um blog que não tem leitores. Mas porra... Eu deveria ter feito isso há duas semanas, no mínimo. Fazendo um revival de 2008 ao som de SNJ (curto!!!) começo a listar algumas coisas que aconteceram no último ano, como uma retrospectiva que está BEM atrasada. Sem problemas: o autor é um cara sem o mínimo de noção tempo-espaço e está fazendo isso só agora.

Solenemente digo que se o mundo tivesse acabado ano passado o roteiro teria sido coerente. Em novembro choveu pacas em Santa Catarina e até agora as consequências estão aí (putamerda, reforma ortográfica implica mexer no Word – adeus trema), fora os mais de cem mortos e milhares de desabrigados. Na China teve terremoto de 7,5 graus na escala Richter, pouco antes das Olimpíadas e um ciclone em Mianmar que, se não estou bêbado, fica ali por aquelas bandas do Oriente. Teve policial dançarino no Youtube, teve Ronaldo “Fat Boy” pegando o Andreião, teve Andréia Schwarz derrubando o governador de Nova York (abraço Rudolph Giuliani), voltando para o Brasil e posando nua na Sexy. Êta mundo bom de acabar, diria Mano Brown. Mas se a vida fosse só putaria e temporal tudo seria mais simples. Na pinacoteca de Sampa teve nego dando a ELZA e levando obras da parede assim, no mas. E nem com isso o mundo acabou. No ano que vai ficar marcado como o ano da GRANDE RECESSÃO DE 2008, teve madrasta jogando enteada pela janela e sua posterior espetacularização por parte da mídia (ah, sempre a mídia). Teve um cara estranho chamado LIMDEMBERGUE (putaquiopariu, que nome) que me abstenho de falar a respeito. O motivo? Todo mundo viu, foi como um Big Brother, com o sequestrador falando ao vivo com algumas redes de tv. Vergonha alheia, pois escolhi a área de comunicação para ganhar a vida. Mas todo mundo erra, tá legal.

Ainda em 2008 o Brasil se consagrou o país do bronze nas Olimpíadas chinesas e surpreendeu com o vôlei feminino que desta vez não amarelou e o vôlei masculino que não é mais aquela menina mais bonita do baile, que todo mundo quer levar pra casa. Os donos da bola agora são os americanos. Michael Phelps deu a sua de autista e levou OITO medalhas de ouro para casa, virando o maior atleta olímpico de todos os tempos. Foi ano de ver como é gata a Isinbayeva (obrigado, mãe Rússia) e como a Fabiana Mürer (em nomes próprios o trema continua) fica feia chorando por não encontrar a vara certa (ui!).A casa branca tem moradores negros agora. Achei do caralho a idéia de mudança, mas NÃO VAI ADIANTAR NADA. A eleição do Obama para o cargo de DONO DO CAMPINHO foi um baita fenômeno mundial, mas UMA ANDORINHA SÓ NÃO FAZ VERÃO, como diria minha avó. Só espero que ele não se torne o PRIMEIRO PRESIDENTE NEGRO ASSASSINADO da história dos Estados Unidos. Churrascada e pagode na laje da Casa Branca, eu vou.

Outro negão figuraça de 2008 foi Usain Bolt, que correu como se não houvesse amanhã nas Olimpíadas e se tornou o cara mais rápido do mundo. O cara é muito bom; vale a pena conferir o estilo único de correr, como se quase não pisasse no solo. Foi o ano do mosquito da dengue no Rio de Janeiro, ano de Daniel Dantas, Protógenes (nome de remédio), Satiagraha (nome de puteiro – SATIAGRAHA DRINK BAR). Bom... Foi o ano em que se lembrou como o Brasil virou a merda que é hoje, com os duzentos anos da chegada da família real portuguesa ao país. Falando em fim do mundo, falou-se um bocado do acelerador de partículas do Cern, na Suíça, que bem poderia botar tudo a perder, sei lá. Achei melhor nem comentar isso com minha avó, que na época da Guerra do Golfo, ali pelo início da década de 90, temia que o conflito fosse tomar proporções mundiais e queria estocar água e comida. Ali parei de jogar War com meus primos, para não incitar um provável infarto ou derrame da velhinha...

A Petrobrás atingiu o pré-sal e já tem a manha pra tirar petróleo até do cu do mundo, mas a gasolina não baixou de preço. Alguém pode me explicar? Unibanco e Itaú agora são uma coisa só, nosso ministro do Meio Ambiente usa coletes feios pra caralho, o Lula quer que gastemos para a economia não ficar ainda mais ridícula. E pô: a Amy Winehouse não peidou no fubá. E a Dercy Gonçalves fez a passagem. Essa era um highlander de saias. Pô, o Jamelão e o Beto Carrero também se foram. Que loucura. Fidel renunciou e Cuba agora tem Internet livre, pero no mucho. O irmão do ditador, Raul tem a manha de ser o ditador de feições mais cômicas do universo, tipo um Zacarias, dos Trapalhões, de bigodinho e farda. Na política brasileira tivemos dossiês, cartões corporativos, dólares na cueca, Renan Calheiros e Paulinhos da Força por aí. Teve fraude do leite também e pensamos em comprar uma vaca para o quintal de casa. Mentira, claro.

Inventaram a história de Lei Seca e o supermercado Bourbon – Zaffari em Canoas até mudou o portão de lugar para vender uma cerva sem problemas. Voltando aos esportes, eu vi o maldito Corinthians voltar para a primeira divisão, o Vasco cair, o Grêmio QUASE ganhar o Brasileirão e entregar o mumu para o São Paulo. Na final da Libertadores, Nelson Rodrigues revirou-se no caixão quando o Fluminense entregou a partida nos pênaltis, em mais um maracanazzo histórico. Baita pataquada que fez as coisas degringolarem de vez nas Laranjeiras. Ri muito. Cevallos e seus rituais xamânicos pegaram nada mais nada menos que TRÊS PENAIS NUMA FINAL DE LIBERTADORES. Romário parou de jogar depois da controversa barreira dos mil gols. E no tênis, Rafael Nadal levou CINCO HORAS para enterrar o maldito Roger Federer na grama de Wimbledon. Ainda no tênis, Guga parou. O que mais dizer?Algumas coisas não mudaram e o leste europeu continuou em chamas com conflitos na região da OSSÉTIA. Tivemos piratas somalis em ação, movimentos pela liberdade no Tibet, guerra civil no Quênia, sapatadas no Bush (sugiro aos queridões da Famecos a inclusão da disciplina de arremesso de sapatos I e II no currículo de jornalismo) e a Faixa de Gaza bombando como sempre.

Mas para mim, o fato do ano foi um padre que resolveu sair voando por aí. Momento RedBull te dá asas. Sei lá eu de onde tirou a brilhante idéia de “voar acima das nuvens” sem ao menos conhecer seu equipamento. “Eu preciso entrar em contato com o pessoal em terra para saber como se usa esse gps” dizia o padre voador. O que me inspirou a criação de um TROFÉU ADERLI DE CARLI para os idiotas do ano. Se alguém quiser patrocinar, podemos conversar (alô Gerdau).Como vocês bem podem ver, minha sinapse ainda é um enigma e eu não consigo ordenar cronologicamente os fatos, o que não faria nenhuma diferença, lembrando que provavelmente ninguém vai ler esse monte de besteiras que uma mente em recuperação de dois meses de pura chinelagem pode produzir em uma mente perturbada. Tudo isso, porém, me leva a uma conclusão estarrecedora: eu usei nesta droga de postagem 6882 caracteres para escrever uma naba ao melhor estilo redação de volta às aulas com o infame MINHAS FÉRIAS como título. Ah, que saudade do tempo em que escrever não fazia parte das aspirações profissionais deste simpático maloqueiro que sou. Modesto eu né?
E que venha 2009!

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